Estrela Ascendente EFT Como a EFT afeta a fisiologia do nosso corpo

Como a EFT afeta a fisiologia do nosso corpo

Talvez falar apenas sobre fluxo de energia e meridianos pareça um tanto abstrato para a maioria das pessoas, especialmente para os mais céticos. Esse artigo mostra um pouco de como a EFT afeta o nosso corpo no aspecto químico e fisiológico.

EFT (Emotional Freedom Techniques – Técnicas de Libertação Emocional) É uma técnica que consiste em tocar pontos específicos do corpo para ajudar a controlar as emoções e o estresse. Também é conhecida como tapping. Se ainda não está familiarizado com a EFT, sugiro ler o artigo O que é EFT e como aplicar.

Os meridianos do nosso corpo

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De acordo com a medicina chinesa, nosso corpo tem canais sutis chamados meridianos e é por eles que circula a nossa energia vital. Quando essa energia circula livremente, temos um corpo forte e saudável. Por outro lado, quando essa energia está bloqueada, nosso corpo sofre com as doenças. É por isso que, corrigindo o fluxo, o problema acaba.

O Dr. Callahan, criador da TFT (técnica que deu origem a EFT), fez a seguinte afirmação:

“A causa de toda emoção negativa é uma interrupção no fluxo de energia do corpo”(1). Logo, resolvendo essa interrupção, a emoção negativa acaba.

Quando aplicamos a EFT, uma grande onda de energia inunda os meridianos desfazendo os bloqueios fazendo com que a energia volte a circular e a emoção acaba.

Mas o que causa esses bloqueios?

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Quando uma pessoa sofre um trauma, estresse ou qualquer tipo de evento negativo, surge nela um bloqueio no fluxo de energia que pode acarretar diversos tipos de emoções negativas, fobias, vícios e até doenças. Esse bloqueio pode se dissolver com o tempo, mas também pode permanecer por meses e até anos, talvez a vida inteira se não for tratado.

Imagino que você deve estar pensando:

“Duas pessoas podem passar pelo mesmo acontecimento e reagir de formas diferentes. Por que uma tem bloqueios e a outra não?”

Para ser sincera, não existe resposta para essa pergunta porque pessoas diferentes reagem de formas diferentes e não se sabe por que umas têm bloqueios e outras não.

O que se sabe é que esse bloqueio acaba se tornando uma ponte entre o fato ocorrido e a emoção negativa. É por isso que, tirando o bloqueio, acaba essa ligação e a pessoa pode se lembrar do que aconteceu sem ter nenhuma emoção negativa ou desconforto.

A química e fisiologia do nosso corpo

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Sabemos que emoções causam alterações químicas e físicas no nosso corpo e podem até afetar o sistema nervoso. Sendo assim, quando uma emoção negativa (por ex. o medo) acaba, a química relacionada a essa emoção deixa de existir e isso traz um relaxamento nos músculos e alterações hormonais.

Dentro do nosso cérebro existe uma área chamada sistema límbico que é vista como um “cérebro emocional”. Dentro do sistema límbico tem a amígdala, estrutura responsável pelas reações emocionais como raiva e medo.

Essa estrutura é responsável por detectar o perigo e despertar em nós reações de fuga/luta. No começo da humanidade esse tipo de reação era útil porque as pessoas enfrentavam perigos físicos como ser atacado por animais selvagens. Hoje em dia, no entanto, é raro as pessoas enfrentarem esse tipo de perigo.

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Nossa fonte de estresse tem mais a ver com contas a pagar, problemas no trabalho, questões de família, conjugais, desemprego, cumprimento de prazos, etc. Esses problemas geram na amígdala a mesma reação de um perigo físico real (ainda que com intensidade menor) como se algo ameaçasse nossa integridade física. Por causa disso a amigdala aprende a ver as situações mencionadas acima como um perigo real e gera uma resposta de estresse no nosso corpo para nos fazer lutar, se defender ou fugir.

Eventos ocorridos na infância também podem gerar essa reação na amígdala. Por exemplo, imagine uma pessoa que sempre viu o pai ou a mãe criticando o dinheiro, falando que é algo sujo, todo rico é desonesto , não entra para o céu e várias crenças parecidas. Essa criança cresce ouvindo essas afirmações o tempo inteiro, vê os pais discutindo por causa questões financeiras e com o tempo incorpora a crença de que o dinheiro é uma coisa ruim.

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Quando ela cresce e tem que lidar com o dinheiro ou está diante da possibilidade de aumentar a renda, a amígdala, que no passado aprendeu que o dinheiro é perigoso, acarreta o estresse na pessoa fazendo-a se sentir tensa e até boicotar qualquer oportunidade para ganhar mais.

Ao limparmos os bloqueios causados na infância dessa pessoa, é como se desativássemos a programação negativa que faz a amígdala nos causar essas reações estressantes. Ela não precisa entrar em ação toda hora porque removemos esses gatilhos emocionais que sempre são acionados quando ela tem que tratar qualquer questão sobre dinheiro.

Os efeitos da EFT sobre a amígdala são tão impactantes que ela até reduz de tamanho com a prática frequente. É como se enviássemos sinais calmantes dizendo para a amígdala que está tudo bem e ela não precisa mais acionar reações de estresse.

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Existe um estudo feito em Havard pelo PhD chamado Dawson Church mostrando que a prática da EFT reduz muito os níveis de cortisol, um hormônio ligado ao estresse. Quanto mais a pessoa estiver estressada, maior é a quantidade de cortisol no seu corpo. Nesse estudo, foram analisados o nível de cortisol de 83 participantes que receberam uma hora de sessão de EFT. O resultado foi que, em média, o cortisol diminuiu cerca de 24% e algumas pessoas chegaram a ter uma redução de 50%. O grupo que recebeu terapia convencional e o grupo de controle que não teve terapia nenhuma não tiveram redução significativa do cortisol. (2)

O Dr. Dawson mandou as amostras para o laboratório para analisar o cortisol porque queria mostrar os resultados numa conferência. Mas o laboratório demorou muito a entregar os resultados e acabou passando da data da conferencia. Quando o Dr. Dawson questionou o laboratório por causa da demora, eles alegaram que os resultados dos exames saíram tão estranhos que eles resolveram recalibrar os equipamentos para refazer os testes. Mas o resultado sempre dava o mesmo.

Conclusão

Existem várias outras pesquisas conduzidas em universidades por profissionais sérios e conceituados, mostrando que EFT não se trata de “pseudo ciência” e sim de uma técnica que já tem resultados comprovados pela ciência. Existem vários artigos e estudos em inglês mostrando a eficácia da EFT e com o tempo pretendo ir traduzindo alguns.

Referências Bibliográficas

(1) Craig, G, (2010). The EFT Manual. CA: Energy Psychology Press.

(2) BACH, D. et al. Clinical EFT (Emotional Freedom Techniques) Improves Multiple Physiological Markers of Health. Journal of Evidence-Based Integrative Medicine, v. 24, n. 24, p. 2515690X18823691, 1 jan. 2019.

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