Quem não conhece o tarot pode se perguntar como as cartas podem ser tão precisas e por que elas funcionam. Leia esse artigo até o final e entenda por que elas são ótimas para responder dúvidas e nos ajudar a tomar decisões.
Para quem não sabe o tarot é um conjunto de setenta e oito cartas ilustradas. Vinte e duas são os Arcanos Maiores, que representam temas abrangentes da nossa vida e contém os arquétipos. As outras 56 são os Arcanos menores e falam mais das questões mundanas e escolhas do dia a dia.
Como o tarot funciona
O psiquiatra suíço Carl Jung criou a ideia de inconsciente coletivo. Trata-se de uma camada profunda da nossa mente onde ficam guardados sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade. É por isso que podemos ver semelhanças entre culturas diferentes, como mitos e histórias que mesmo com algumas variações, se repetem em várias culturas. Um exemplo é a jornada do herói: quando uma pessoa comum vive sua vida normalmente, mas de repente é chamada para uma missão. Ela vive muitas aventuras e desafios, encontra mentores, aliados e inimigos e passa por vários aprendizados até chegar no conflito final que resolve a história.
A jornada do herói se repete muito em filmes, livros, séries, etc. porque, segundo Jung, isso está gravado no inconsciente coletivo que todos compartilhamos. E tudo o que está no inconsciente coletivo pode ser expressado por símbolos chamados arquétipos.
Os arquétipos são como padrões, modelos. O herói, por exemplo, é um arquétipo porque apesar de ter variações, sua essência é a mesma em todas as histórias. O mesmo vale para personagens que são rebeldes, sábios, etc.
É por isso que filmes como O Senhor dos Anéis, Harry Potter e até mesmo os filmes da Marvel fazem
tanto sucesso, porque as pessoas reconhecem os arquétipos nesses filmes ainda que de forma inconsciente. De certa forma esses filmes nos conectam aos arquétipos e através deles podemos ver nossa própria jornada.
Os Arcanos Maiores do tarot tem vários arquétipos, como a Imperatriz que representa o arquétipo da mãe e o Eremita que representa o Sábio. Podemos encontrar o Governante no Imperador e o Rebelde no Louco. Uma vez que o inconsciente coletivo se comunica através de símbolos, as cartas do tarot servem como uma ponte entre o inconsciente coletivo e a nossa parte racional e consciente.
Sincronicidade
Sincronicidade significa eventos que parecem não ter nada a ver um com o outro, mas podem ter um significado para quem vivencia. Por exemplo, você sonha com um símbolo e o vê no dia seguinte em algum lugar.
Outro exemplo seria ter um ente querido que já faleceu e essa pessoa amava borboletas, tanto que na casa dela tinha várias fotos e enfeites. Se acontecer de você ver alguma borboleta no aniversário da morte dessa pessoa, poderia interpretar isso como um sinal de que ela ainda está por perto.
Podemos ver muitas dessas coincidências na leitura do tarot. Por exemplo, quando a carta da Justiça aparece para alguém que está passando por um processo judicial, ou a pessoa está indecisa sobre alguma coisa e aparece a carta dos Enamorados. Coincidências como essas são comuns em uma leitura de tarot. Essas imagens nos mostram um caminho a seguir porque é o inconsciente coletivo, que sabe de tudo, se comunicando através delas.
Conexão com o universo
E olhando de forma mais metafísica, muitos tarólogos acreditam que as cartas funcionam como uma ponte entre nós e o nosso “Eu Superior” e veem o tarot como uma ferramenta sagrada para receber orientação divina.
Eu particularmente acredito nessa conexão com força superior que nos guia para o caminho da nossa evolução. Inicialmente eu não acreditava no tarot, mas decidi aprender e cada vez mais percebo que é uma ferramenta potente para autodescoberta e tomada de decisões. Se você ainda não conhece, vale a pena experimentar seja com uma leitura de alguém em quem confia, ou com seu próprio baralho de tarot.
E você? Tem mais algum palpite ou teoria sobre como o tarot funciona? Como o tarot ajudou você? Compartilhe seus pensamentos na seção de comentários abaixo.
