Por acaso você já fingiu estar doente para evitar um encontro, passou mal só de pensar em apresentar um trabalho ou apenas se sentiu sozinha e deslocada mesmo tendo várias pessoas ao seu redor? Pois é.
Eu sei muito bem como é isso porque tive esse problema a vida inteira. Na escola eu era a criança que ficava sozinha na hora do recreio, perambulando de um lado para outro só esperando dar o sinal para a gente voltar para a sala. Enquanto as outras crianças adoravam a hora do recreio, por mim poderia ser apenas um tempo para ir ao banheiro, tomar água e voltar para a sala.
Sempre tive dificuldade para fazer novos amigos e para mim era muito difícil me aproximar de um grupo de crianças e pedir para brincar. E se elas falassem não? E se debochassem de mim? E se…
Você também sofre com o “e se”?
E se eu for rejeitada?
E se rirem de mim?
E se acharem que sou idiota?
E se ninguém gostar de mim?
Isso me perseguiu por toda a vida escolar e depois a vida adulta. Mesmo quando estava na faculdade isso não mudou. Só melhorou um pouco porque pelo menos eu podia ficar dentro da sala de aula fazendo algum exercício ou revisando a matéria. Mas socializar, fazer amigos, conversar… não tinha nada disso.
A verdade é que eu sempre me senti presa dentro de mim mesma. Não era apenas introversão, era timidez, muita timidez já evoluindo para fobia social. Para você ter uma ideia, até falar ao telefone era uma tortura para mim. Quando tinha que ligar para alguém, eu precisava respirar para tomar coragem e era uma tortura. Tanto que várias vezes meu marido precisou fazer isso para mim porque eu simplesmente não conseguia.
Quando precisava conversar com uma pessoa com a qual não estava acostumada, ficava nervosa e me policiando o tempo inteiro como se tivesse medo de falar algo errado e a pessoa me odiar pelo resto da vida.
Drama? Exagero? Nem tanto. Para quem nunca passou por isso pode parecer apenas “vergonha” ou “falta de jeito”, mas para quem sofre com excesso de timidez ou fobia social, a realidade é bem diferente — e bem mais dolorosa:
Falar em público? Nem pensar. O coração dispara, a mente trava e o medo do julgamento toma conta.
Fazer novas amizades ou participar de um grupo? Isso não me pertence
Dar uma opinião, pedir ajuda ou só falar “não”? Dá ansiedade só de pensar. Especialmente na parte do “dizer não”.
A timidez pode parecer fofa, talvez até seja em doses homeopáticas. Mas quando é intensa, ela só atrapalha a nossa vida. Para ter sucesso na vida, em qualquer área, precisamos ter autoconfiança, autoestima, tomar iniciativa, assumir riscos, ser assertivas e dizer não nos momentos certos. Mas como fazer isso quando achamos que o mundo inteiro é hostil e julga cada respiração que damos?
No meu caso estava ficando cada vez mais difícil, inclusive evoluindo para fobia social. Eu estava dentro de uma concha morrendo de medo de enfrentar o mundo. E estaria assim até hoje se não tivesse aprendido a aplicar EFT. E tudo mudou.
Hoje me sinto mais confiante. Não tenho medo de falar com estranhos, nem me sinto desconfortável achando que vou cometer um pecado mortal que qualquer momento. Na última festa que teve na casa da minha mãe, eu conversei com as pessoas e até dancei, coisa que eu não tinha costume de fazer.
E agora faço atendimentos todos os dias.
Para vocês terem uma ideia, há um ano era mais fácil uma vaca voar do que eu fazer esse tipo de coisa. Agora faço. E adoro. É muito bom conversar com pessoas diferentes, conhecer suas histórias e ajudar nas suas dores. Mas isso só foi possível através da EFT.
Todos os dias fui trabalhando meus bloqueios, limpando eventos do passado que causaram a minha timidez e pouco a pouco fui desabrochando. E querem saber? Isso é ótimo! Não estou perfeita e tenho muito a aprender, mas isso não me assusta. Não quero mais me esconder do mundo, nem passar a vida inteira dentro de uma concha. Quero participar da vida e fazer algo de útil.
É por isso que agora estou ajudando outras pessoas que passam pelo mesmo que já passei, porque sei como dói, sei o quanto é difícil ver os outros interagindo e se divertindo junto enquanto fico de fora apenas olhando. Não desejo isso para ninguém.
Se você também tem esse problema, não precisa passar o resto da vida se escondendo. É possível vencer a timidez e ter uma vida mais plena e feliz, fazer novos amigos, aproveitar oportunidades para crescer profissionalmente e quem sabe até encontrar um novo amor. Tudo é possível para quem desabrocha para a vida.
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